quinta-feira, 26 de junho de 2008

O atual estouro de investigações, inquéritos, processos etc. de políticos profissionais pela Polícia Federal, é simplesmente espantoso. Não é preciso dizer, como acontece às vezes com as estatísticas sobre doenças, se a incidência do transtôrno em questão aumentou, ou se os meios de diagnóstico se aprimorararm. Tudo faz acreditar que a Polícia teve um súbito incremento da "autorização" e dos recursos para exercer uma de suas funções específicas... e a classe política chegou a um grau de delinqüência insólito e/ou escancarado na história do país. Tristes alternativas tropicais. Mas, o mais grave não é isso. O escandaloso é que os políticos parecem cada vez mais dedicados e eficientes nessas atividades criminosas, nas que agentes da ordem e marginais participam, e os policiais parecem cada vez mais impotentes para prevenir, descobrir, investigar e prender os criminosos comuns. Trata-se de um problema de geometria euclidiana: ou as organizações criminosas são um "Estado paralelo", ou o Governo é uma "Organização criminosa estatal" e a Polícia é uma "transversal de duas vias"... ou a Sociedade, em diversas e numerosas redes inerentes a seu conjunto, configura um caleidoscópio "mafioso-politiqueiro-policialesco... e ... civil". Que Pitágoras nos proteja, se é que ele também não está como alguns deuses e igrejas, envolvido na trama!

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