terça-feira, 3 de maio de 2011

"El sombrero de mi abuela"

Hay un proverbio que dice que, si guarda el sobrero de mi abuela por 50 años, el mismo volverá a ponerse de moda en la actualidad.
Estoy cansado de saber que los "iniciados" y los "expertos" en moda me calificarán de insensible y tal vez de ignorante por no ser una admirador de las modas, sea cual sea el campo en el que ellas operen. Desde luego para mí la peor de todas es la moda del vestido y de sus accesorios, tal como está magistralmente descripta en el filme " pret a porter".
No ignoro que hay una inmensa mayoría de la humanidad que adora producir e implantar, así como adoptar diversos tipos de moda. el dicho brasilero:"maría va con las otras" tiene una leve y profunda sabiduría irónica, en especial si recordamos la santidad de ese nombre.
El umbral que delimita la moda y que la distingue de los fenómenos de "contagio" y expansión cultural de una creencia o una costumbre es indefinido. Por esa razón soy vulnerable a la objeción de que hay "modas" que son providenciales para las sociedades, por ejemplo la "moda" de algunas denuncias de delitos políticos, de exigencias legales y/o éticas y de solidaridad colectivas vehiculizadas por los medios informáticos.
Estoy consciente de que proponer una diferenciación que reserve para la propagación de una idea o de una acción histórica considerándola deseable una denominación que nada tiene que ver con la moda puede ser arbitraria; por ejemplo algo que esté servicio, digamos, de la paz universal y que requiere una definición distintiva (agenciamiento colectivo o máquina de guerra, como dirían Deleuze y Guattari) puede ser en varias ocasiones, cuestión de punto de vista, valores, o lo que es peor, cuestión de "opinión". Pero me parece obvio que la "opinión" misma es una moda y que existe la opinión de que el componente " modoso", definido, no es necesariamente maligno, sino inocuo, fugaz, costoso y repetitivo porque es propio de una supuesta " naturaleza humana".
Podemos aceptar esa evaluación siendo que para ello tengamos que justipreciar de la misma manera a los excesos propios de sectores de la cultura urbana actual tales como la indispensabilidad de la bebida alcohólica, del tabaco y otros tóxicos como componente indispensable para toda y cualquier reunión festiva.
Lo que a mí me parece aclarar un poco las cosas es que, en el capitalismo planetario en crisis de redistribución del poder económico y caída de la taza de producción de plus valía, resulta imperioso transformar todo bien corporal o incorpóreo en mercadería y la mercadería es substancialmente inseparable de la producción de su demanda como moda. Apenas en carácter de ilustración, diré que algunos historiadores afirman que nunca será posible delimitar con alguna precisión cuanto intervino en la propagación revolucionaria del impulso libertario de los pueblos, por ejemplo, del este europeo, la "voluntad" del consumo superfluo y vulgarizado ( los Mac Donald, los shows de música ensordecedora y el paseo por el shopping).
En Brasil, por ejemplo, existe una terminología muy usada para referirse a las legislaciones que la población no cumple. Se dice que " esa ley no pegó". es obvio que algunas de esas leyes no deberían pegar para el bien de la comunidad ( por ejemplo las jubilaciones millonarias de los tataranietos de militares o de congresistas). Es difícil de sintetizar la variedad de "razones por la cuales " una ley no pega". Algunas leyes (pocas) no pegan, porque son claramente favorables a la explotación, la dominación y la mistificación de fuerzas, movimientos, grupos, clases o individuos de segmentos minoritarios singulares, o de aún de mayorías estadísticas multitudinarias.
Pero otras leyes no pegan porque las llamadas "bases" no fueron debidamente consultadas o las leyes no fueron debidamente difundidas y explicadas a la población.
En última instancia que una ley no pegue es, independientemente de su contenido, una importante expresión de que una organización sin leyes, apenas con acuerdos colectivos continuados, puede ser una alternativa a experimentar, ya que el legalismo ha fracasado tanto en el mundo.
Al entender de muchos pensamientos sensatos, la idea de que la moda es un inerradicable se debe a la moda que sostiene que la "naturaleza" del deseo inconsciente de la subjetividad, es insaciable porque en realidad carece de objeto.....se trata de una moda que "pega" mucho en los viciados en modas por-las-modas y en los profesionales que lucran ( plus valía de saber, de honorarios y prestigio) con la atención a ese tipo de sujeto " modoso".
Puede ser que con el tiempo, el sombrero de mi abuela entre de nuevo en la moda. Sinceramente declaro que yo lo guardo por el deseo y por el interés, no de venderlo caro ni de que mi mujer, o las mujeres en general lo usen...sino porque será un ídolo fundamentada y objetivamente cuestionado.
Como para mi todos los dioses son ídolos, y no veo acontecer esa tan mentada " muerte de dios" nietzscheana, las culturas están cada vez mas contaminadas de dioses (es una moda), tendré la satisfacción justa de todo iconoclasta (a no ser que ese gozo sea también una moda).

Gregorio baremblitt

o chapéu de minha avó
Há um provérbio que diz que caso eu guarde o chapéu de minha avó por 50 anos, ele voltará a estar na moda na atualidade.
Estou cansado de saber que os “iniciados” e os “experts” em moda me qualificarão de insensível e talvez de ignorante, por não ser um admirador das modas, em qualquer campo que elas atuem. Claro que para mim, a pior de todas é a moda do vestido e seus acessórios, tal como está magistralmente descrita no filme “ pret a porter”.
Não ignoro que haja uma imensa maioria da humanidade que adora produzir e implantar, assim como adotar, diversos tipos de moda. o dito brasileiro: “Maria vai com as outras” , tem uma leve e profunda sabedoria irônica, especialmente, se recordarmos a santidade desse nome; um brasileiro me dizia brincando: “ aqui só da Maria”. Uma moda assim é um recurso infalível para a propagação de uma crença.
O princípio que delimita a moda e que a distingue dos fenômenos de “contágio” e expansão cultural de uma crença ou um costume é indefinido. Por essa razão, sou vulnerável a objeção de que há “modas” que são providenciais para as sociedades, por exemplo, a “moda” de algumas denúncias de delitos políticos ou a de exigências legais e/ou éticas de solidariedade coletiva, veiculadas pelos meios informáticos.
Estou consciente de que propor uma diferenciação que reserve para a propagação de uma idéia ou de uma ação histórica, considerando-a desejável, uma denominação que nada tem a ver com a moda, pode ser arbitrária. Por exemplo, algo que esteja a serviço, digamos, da paz universal e que requeira uma definição diferenciada (“agenciamento coletivo de enunciação ou máquina de guerra”, como diriam Deleuze e Guattari) pode ser, em várias ocasiões, questão de ponto de vista, valores, ou o que é pior, questão de “opinião”. Porém, parece-me óbvio que a “opinião” em si é uma moda e que existe a opinião de que o componente “modismo” definido, não é necessariamente maligno, mas sim inócuo, fugaz, custoso e repetitivo porque é próprio de uma suposta “natureza humana”.
Podemos aceitar essa avaliação sendo que, para isso, tenhamos que avaliar da mesma maneira os próprios excessos de setores da cultura urbana atual como a necessidade da bebida alcoólica, do cigarro e outros tóxicos como componente indispensável para toda e qualquer reunião festiva.
O que me parece necessário para esclarecer um pouco as coisas é que no capitalismo planetário em crise de redistribuição do poder econômico e queda da taxa de produção da mais valia, é imperioso transformar todo bem corpóreo ou incorpóreo em mercadoria -e a mercadoria é substancialmente inseparável da produção de sua demanda como moda. Apenas em caráter ilustrativo, direi que alguns historiadores afirmam que nunca será possível delimitar com alguma precisão, o quanto interveio na propaganda revolucionária do impulso libertário dos povos, por exemplo, do leste europeu , a “vontade do consumo supérfluo e vulgarizado ( os Mac Donald′s, os shows de música ensurdecedoura e o passeio pelo shopping.)
No brasil, por exemplo, existe uma terminologia muito usada para se referir às legislações que a população não cumpre. diz-se que “essa lei não colou”. é óbvio que algumas dessas leis não deveriam colar para o bem da comunidade (por exemplo, as aposentadorias milionárias dos tetranetos de militares ou de congressistas). É difícil sintetizar a variedade de “razões pelas quais” , uma lei não cola”. algumas leis ( poucas) não colam, porque são claramente favoráveis à exploração, à dominação e à mistificação de forças, movimentos, grupos ou classes ou indivíduos de segmentos minoritários singulares, ou ainda, de maiorias estatísticas de multidões.
Mas, outras leis não colam porque as chamadas “bases” não foram devidamente consultadas ou as leis não foram devidamente difundidas e explicadas para a população.
Em última instância, que uma lei não cole é, independentemente de seu conteúdo, uma importante expressão de que é uma organização sem leis, apenas com continuados acordos coletivos, pode ser uma alternativa a ser experimentada, já que o legalismo fracassou tanto no mundo.
No entendimento de muitos pensamentos sensatos, a idéia de que a moda não pode ser erradicada, se deve a essa moda que sustenta que a “natureza” do desejo inconsciente da subjetividade, é insaciável, porque na realidade, carece de objeto... essa explicação em verdade ‘e uma moda que “pega” muito nos viciados em moda pela moda e nos profissionais que lucram (mais valia de saber, de honorários e prestígio) com a atenção “psi” a esse tipo de sujeito de “ modismo”.
Pode ser que com o tempo, o chapéu de minha avó entre de novo na moda. Sinceramente declaro que eu o guardo pelo desejo e pelo interesse, não de vendê-lo caro nem de que minha mulher, ou as mulheres em geral, usem-no, mas sim porque será um ídolo fundamentado e objetivamente questionado.
Como para mim, todos os deuses são ídolos, e não vejo acontecer essa tão comentada “ morte de deus” nietzschiana, (as culturas estão cada vez mais poluídas de deuses - é uma moda) , terei a justa satisfação de todo iconoclasta ( a não ser que esse gozo seja também uma moda).

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