quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O CONSOLO DAS ENTELÉQUIAS

Por Gregorio Baremblitt

A catástrofe da crise financeira, econômica, política, subjetiva e civilizatória que vive a humanidade exigem urgentíssimas soluções. Sabemos que alguns as esperam do Estado, outros do mercado, outros da sociedade civil, do terceiro setor e, até, de São Judas Tadeu!
Mas existem certos pensadores que aguardam a saída de uma entidade, que denominam multidão, cuja definição, em uma de suas formas, é que não se parece em nada às antes mencionadas. A ideia é boa, mas se torna metafísica quando não se dão exemplos efetivos e se elenca suas práxis, os seus resultados e alcances objetivos. Algo assim como a reforma agrária na Bolívia, ou a legalização da união homossexual no Reino Unido.
Por outro lado, é preciso detalhar seus limites e suas capturas pelo poder (que nunca faltam). Caso contrário, a multidão se exemplifica por íntimos delírios autistas, muito interessantes, mas que pouco dizem aos dois bilhões de “foliões” que passam fome e que não configuram multidão nenhuma.