domingo, 7 de setembro de 2008

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E AO POVO O QUE É DO POVO

Por Gregorio Baremblitt

Conta uma velha historia que um sábio perguntou a seu discípulo que preferia e escolheria: o pior do melhor ou o melhor do pior. O discípulo passou anos pensando e a morte o surpreendeu sem resposta alguma.
Quando no Brasil se discute, por exemplo, se a nova extração de petróleo chamada de pré-sal, deve ser da Petrobrás o de uma nova estatal, cria-se para o cidadão brasileiro um dilema similar.
Não farei questão de atribuir a condição do pior de melhor o do melhor do pior a nenhuma das organizações em jogo, mas de todas formas , o dilema subsiste.
O Estado é consideravelmente corrupto, patrimonialista, fisiológico, demagógico e incompetente.
As corporações privadas são impiedosamente dedicadas ao lucro e ao envio de ganâncias ao exterior do país ou à estéril aplicação financeira.
To be or not to be, pelo menos nesse caso, é um falso dilema.
Pague-se a busca e a extração do combustível com dinheiro do Estado, com as reservas de divisas ou com um fundo soberano, e divida-se a o patrimônio e os investimentos restantes necessários entre milhões de pequenos investidores identificados (não anônimos) com um número limitado de ações per capita. Faça-se uma campanha eleitoral pública para a eleição por referendum de autoridades técnicas e administrativas para a nova empresa entre candidatos concursados para tais.
Pronto: não tem dilema: e só apossar ao povo de aquilo que sua terra tem e que lhe pertence.

Um comentário:

CODISANE disse...

De fato as guerras não fazem parte da "natureza" humana.
Outro sim, a ganância, o despotismo, a tirania dentre outras tantas qualidades estas sim, que deveriam ser consideradas inumanas.